Alma dura
dura a alma
sob a armadura?
Mais um qualquer
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
sábado, 22 de novembro de 2014
Partida
corte preciso e impetuoso
que divide em dois
a viagem
Ida e ...
Partida
parte da ida
doída
parte do todo
parto, nascida
parta, pros raios que o
parta! rachada trincada
partida do destino
é a volta ao ponto
de partida.
que divide em dois
a viagem
Ida e ...
Partida
parte da ida
doída
parte do todo
parto, nascida
parta, pros raios que o
parta! rachada trincada
partida do destino
é a volta ao ponto
de partida.
Angústia
O ar estava ali volteando tua presença
enquanto a angústia dolorosa pungia-te a carne.
Imploravas a graça de um sopro, brisa ou frescor
mas a cada inspiração, apenas mais lágrimas cingiam o rosto.
A morte, de nada pareceu misericordiosa,
nem quando levou consigo a dor e o sofrimento.
No momento em que a sombra de seu véu cobriu o último raio de luz,
o desespero, o espanto, o medo do inesperado consumiu a dignidade
da carne que padeceu frente a tantos olhos assustados.
A terra tremeu com teu tombo, e os rios transbordaram de lágrimas;
o dilúvio levou qualquer graça que restara ao mundo
e os trovões abafaram qualquer risada desalertada sobre tua morte,
mas as cavernas ainda ecoavam tua voz, teu choro, meu desespero.
E quando as contrações de um corpo já sem vida decidiram terminar,
o sufoco desistiu de te perturbar, e a morte já estava fria,
vi nos teus olhos profundos e ainda abertos, na pupila midriática
uma satisfação qualquer, com o pouco tempo que permanecera terrena.
E a morte, então, me pareceu tão efêmera, diante da grandiosidade
de uma vida tão breve.
enquanto a angústia dolorosa pungia-te a carne.
Imploravas a graça de um sopro, brisa ou frescor
mas a cada inspiração, apenas mais lágrimas cingiam o rosto.
A morte, de nada pareceu misericordiosa,
nem quando levou consigo a dor e o sofrimento.
No momento em que a sombra de seu véu cobriu o último raio de luz,
o desespero, o espanto, o medo do inesperado consumiu a dignidade
da carne que padeceu frente a tantos olhos assustados.
A terra tremeu com teu tombo, e os rios transbordaram de lágrimas;
o dilúvio levou qualquer graça que restara ao mundo
e os trovões abafaram qualquer risada desalertada sobre tua morte,
mas as cavernas ainda ecoavam tua voz, teu choro, meu desespero.
E quando as contrações de um corpo já sem vida decidiram terminar,
o sufoco desistiu de te perturbar, e a morte já estava fria,
vi nos teus olhos profundos e ainda abertos, na pupila midriática
uma satisfação qualquer, com o pouco tempo que permanecera terrena.
E a morte, então, me pareceu tão efêmera, diante da grandiosidade
de uma vida tão breve.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Prostituvida
Olhos de boneca, corpo diminuto
A saia rodada não ciranda mais
Curvas infláveis sem sopro de vida
onde esconderam tua alma
tua infância ficou em qual avenida?
Brota em teu ventre a semente do fruto maldito
raízes te consomem por dentro, matam como erva daninha
Abortas, mais uma vez,
com a naturalidade de quem vomita.
Deixas escorrer das tuas entranhas
o resto de pureza que um dia havia.
Já não tens ódio, nem esperança,
resta o sossego inquieto da indiferença
queres apenas uma noite sozinha
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Borboletas do outono
Chega o outono
e as borboletas amarelas.
Folhas mortas, bailarinas,
dançam ao vento
saltam e balançam
sentem o compasso
o passo descalço
a valsa que acaba
crocante
A morte seca
das bailarinas mortas,
folhas desgarradas,
pétalas ágeis
de flores que nunca existiram,
animam as manhãs
de outono do meu domingo.
Da janela que permanece fechada,
eu vejo tudo pelas frestas
da persiana impermeável.
O assovio melindroso
do minuano me faz sorrir,
não estou triste sozinho.
e as borboletas amarelas.
Folhas mortas, bailarinas,
dançam ao vento
saltam e balançam
sentem o compasso
o passo descalço
a valsa que acaba
crocante
A morte seca
das bailarinas mortas,
folhas desgarradas,
pétalas ágeis
de flores que nunca existiram,
animam as manhãs
de outono do meu domingo.
Da janela que permanece fechada,
eu vejo tudo pelas frestas
da persiana impermeável.
O assovio melindroso
do minuano me faz sorrir,
não estou triste sozinho.
domingo, 7 de julho de 2013
Se sabes, a saudade
É saudade apenas
que devora teu tempo,
rouba tuas horas de sono
e dilacera teu sossego.
É saudade apenas,
não é arrependimento!
O passado é belo
e as lembranças permanecem quentes
nas páginas das manchetes.
É saudade apenas,
mas dói como câncer.
Tira a fome, some o ar...
Que doença louca que quase mata
apenas por saudade.
E se não for saudade apenas,
se estiver escondido sob o véu da ausência
um amor latente, sempre presente
no passado e no futuro?
Disfarçando no sarcasmo
a vontade de se render.
Não dê cabo a ele,
te acabe nele.
Não te cabe a saudade,
se sabes o que quer.
que devora teu tempo,
rouba tuas horas de sono
e dilacera teu sossego.
É saudade apenas,
não é arrependimento!
O passado é belo
e as lembranças permanecem quentes
nas páginas das manchetes.
É saudade apenas,
mas dói como câncer.
Tira a fome, some o ar...
Que doença louca que quase mata
apenas por saudade.
E se não for saudade apenas,
se estiver escondido sob o véu da ausência
um amor latente, sempre presente
no passado e no futuro?
Disfarçando no sarcasmo
a vontade de se render.
Não dê cabo a ele,
te acabe nele.
Não te cabe a saudade,
se sabes o que quer.
sábado, 8 de junho de 2013
E se...foi?
Te ofereço tudo que me resta:
um mundo sem eira nem beira,
migalhas de segundos
num relógio de areia.
Te provo meu amor
não com lágrimas de saudades,
mas com sorrisos de lembranças
aquecidas no microondas.
Não sei se fico,
não sei se vou,
fico pensando se vou
ou se fico. Não sei.
E se não saber
for a resposta certa.
E viver sem saber
for a única forma de viver?
Ficarei penando,
pensando em como não responder
a mais óbvia questão:
o sentido da vida é viver.
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