Chega o outono
e as borboletas amarelas.
Folhas mortas, bailarinas,
dançam ao vento
saltam e balançam
sentem o compasso
o passo descalço
a valsa que acaba
crocante
A morte seca
das bailarinas mortas,
folhas desgarradas,
pétalas ágeis
de flores que nunca existiram,
animam as manhãs
de outono do meu domingo.
Da janela que permanece fechada,
eu vejo tudo pelas frestas
da persiana impermeável.
O assovio melindroso
do minuano me faz sorrir,
não estou triste sozinho.
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