quarta-feira, 1 de maio de 2013

Ao tempo

Tempo, que arrepio que me dá,
como o frio que corre a espinha,
enruga a pele
só de lembrar.

Nunca se acaba,
se eterniza na mínina palavra,
no oi e no adeus,
nas flores roubadas,
no verão vivido
e no outono que há de vir.

Tão ligeiro quando passa,
se faz de sonso e se prolonga
no cinema da memória,
lembranças surreais.

Tempo, que a todos promete
curar os males do amor,
dos mal amados varre a poeira
do presente; Deixa só os buracos
na calçada da saudade

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